segunda-feira, 2 de julho de 2012



Tanta gente por aí camuflando emoções, mascarando sentimentos, mentindo pra si mesmo pra tentar esconder do mundo algumas dores, certas marcas que não devem aparecer, porque a gente finge que é forte o bastante pra sair de toda situação em se foi fraco o suficiente pra entrar... como já diria Caio Fernando.
No fim a gente apenas continua acreditando que conseguimos disfarçar nossa fraqueza por meio do sorriso apagado e do olhar quase confiante, e deixa de lado a possibilidade de dividir o medo, a angustia, a dúvida.
Sei lá... eu por exemplo na maioria das vezes de tão complexa estrapolo, passo dos limites, assumo uma tripolaridade absurda que chega dar nos nervos... sou quase um hieróglifo a ser decifrado... afugento qualquer um que se aproxime com um gesto de solidariedade e delicadeza...
Mas não se ofendam, é que nesses dias costumo estar numa voltagem acima da normal e qualquer contato pode configurar um choque estrondoso e com consequências irreparáveis. Então quando for assim não me peça pra abrir meu coração, porque as peças estarão tão confusas que você ficará tão assutado a ponto de desistir de mim... por isso apenas me olhe e sorria... entenda que não estou encenando. Trata-se apenas de uma camuflagem... a postura de inatingível evita que algumas fragilidades sejam evidenciados e que muitos golpes sejam dados nos pontos mais fracos e com recuperação difícil, lenta, dolorosa.
Mas voltando ao assunto, quer dizer, voltando ao que nem eu sei qual o sentido ou a motivação... voltando pro nada ou pro tudo que se torna banal quando a gente deixa de acreditar em faz de conta, nada fica de conclusivo, apenas a certeza que nada é pra sempre e que a gente tem que se conformar com isso.

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