quarta-feira, 24 de julho de 2013

Agradecimentos...


Neste tempo estranho, em que a alegria da conquista se confunde com a tristeza do fim é inevitável que um filme passe em tela grande e colorida em minha mente. Um filme formado pelas milhares de cenas que compuseram minha trajetória até aqui. Cenas difíceis, de angustia, dúvidas e desânimo, bem como de alegria, vitórias, conquistas e aprendizagem. Um filme que traz consigo diversos atores, protagonistas nesta caminhada, aos quais é necessário agradecer. Agradecer acima de tudo por terem sido os maiores responsáveis por esta vitória por meio da amizade, carinho, confiança e conhecimento a mim oferecidos.
Primeiramente agradeço pela vida, pela inteligência, pela minha doce e terrível teimosia, e pela oportunidade de estar aqui. A essa força que guia a vida no universo, e que costumamos chamar de “Deus”, que fez-se minha força nos momentos de quase desistência, foi meu alento, minha esperança, meu consolo e minha fé.
Dedico esta conquista aos meus pais, os maiores responsáveis por eu ter chego até aqui. Onezimo e Maristela, a vocês todo meu agradecimento e meu amor. Aqueles que foram minha voz quando eu ainda não sabia falar, que foram minhas pernas quando eu ainda não podia caminhar, que foram o alento das noites de choro e de dor da infância, que perderam tanto sono para curar minhas febres e dores de ouvido, que foram e são o colo mais disposto, mais singelo e que se torna o mais importante quando o mundo parece ruir debaixo dos meus pés... Aqueles que passaram por tantas dificuldades para criar a mim e a minha irmã, que enxugaram minhas lágrimas e cuidaram de meus joelhos machucados, que ouviram quando disse minha primeira palavra, me carregaram pela mão para me deixar dar o primeiro passo, que estavam lá quando li a primeira frase... Aqueles que aguentaram minhas travessuras, meu gênio, minha teimosia, meus erros e às vezes que sem querer eu os fazia chorar. Aqueles que passaram fome para dar de comer pra gente, que trabalharam dia e noite incansavelmente para que pudéssemos ter o que vestir, que acabaram com sua saúde para juntar dinheiro para que eu pudesse estudar. Só tenho a agradecer... pelos ensinamentos, os conselhos, as lições de vida que carrego cotidianamente e que ainda são meu guia, minha luz. EU AMO VOCÊS!
À minha irmã Andreia, pelo carinho e pela confiança.
A João Vítor e Samuel, meus queridos afilhados, pelos sorrisos, pelo carinho e por tornarem-se a força necessária para prosseguir.
A todas as colegas do curso de Serviço Social, pelas trocas, discussões, debates acalorados, controvérsias e brigas. Todas foram importantes nessa caminhada. Ao fundão, terror dos professores... nove mulheres guerreiras que deixaram um pouco de si nesta conquista e serão lembradas para sempre com muito carinho.
Em especial à Eliza Favaretto Villani, aquela que foi meu alicerce, minha base, o abraço sempre disposto, o sorriso puro e sincero, o colo sempre pronto, a parceria para todas as aventuras, aquela que fazia com que até as lágrimas caíssem doces. Sem dúvidas, se cheguei até aqui foi porque tu foste a coragem nos momentos em que a vontade de desistir era maior que eu mesma.
À Daiane, primeira e eterna melhor amiga, que entendeu minhas mudanças e permaneceu ao meu lado, segurando minha mão na escuridão até que meus olhos estivessem prontos para encarar os raios de sol novamente.
À Regiane, por entender minhas ausências, respeitar meus silêncios, compreender meu stress contínuo, aceitar minha teimosia irritante, aturar meu gênio impossível, brigar em minha defesa, e acima de tudo, por ser a única e eterna exceção.
Aos colegas do Movimento Estudantil, por me permitirem quebrar preconceitos, ampliar meu olhar para o todo que compõe as complexas relações sociais nas quais nos inserimos.
A todas as professoras do curso de Serviço Social, em especial à professora Adriana De Toni. Admito que sou uma pessoa extremamente difícil de se lidar e sei também que foram muitos os nossos problemas de relacionamento ao longo do curso. Porém, quero que fique claro aqui o imenso respeito e a profunda admiração que tenho por ti Professora. Contigo aprendi muito mais que conteúdos referentes à gestão, ao planejamento, à responsabilidade social (que me soa até mais simpática hoje em dia rsrs), aprendi a derrubar minha resistência quanto a pessoas, temas, assuntos e intervenções.
À minha orientadora Deborah Cristina Amorim, por compreender minhas pausas, meus recuos e minhas indecisões. O aprendizado que tive contigo compõe uma bagagem muito importante, que sem dúvidas levarei por toda a vida. Não se trata apenas do conhecimento a respeito do Serviço Social. Contigo aprendi a ser uma pessoa bem melhor, mais responsável, mais adulta talvez.
Às minhas orientadoras de estágio Ivonete e Dirlei, imprescindíveis em minha formação. Em especial à Ana Soraia, pelas trocas tão ricas nestes últimos quase dois anos. Pela parceria, pela preocupação, pelo aprendizado cotidiano. Sentirei sua falta.
À Doutora Vânia M. C. Piazza, Promotora da Infância e da Juventude da Comarca de Chapecó, por ter aceito prontamente o convite para fazer parte desta banca examinadora.
A três pessoas que dividiram mais que uma casa comigo (o tal AP 102), dividiram suas vidas, seus sonhos, suas vitórias e derrotas. Das sextas-feiras de truco aos domingos de leituras e produções acadêmicas. Aquelas que nos momentos em que tudo estava difícil, eram capazes de, com um abraço,
minimizar qualquer dor. O destino preferiu nos separar, mas sem dúvidas, as lembranças do tempo que compartilhamos compõem algumas das memórias mais doces da minha existência.
A uma “excêntrica família”, que formamos na tão contraditória vida acadêmica. Muitos foram e outros chegaram, num vai e vem de vidas entrelaçadas por meio do amor e da cumplicidade. Tantas noites nas mesinhas da Unochapecó ou do Ems². Tantos encontros e desencontros, e uma certeza: cada um de vocês está por aí, em alguma das páginas que se seguem. Vocês imprimiram em minha alma traços que o tempo jamais será capaz de apagar. Com vocês aprendi muito, superei limites, encontrei o mais sincero significado da palavra amizade. Amarei-os para sempre, obrigado por terem me dado a oportunidade de ser sua “mãe”.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Vivendo de "hojes"...


Sim, admito, sou ré, e culpada. As teias de aranha já estão criando mofo nas páginas deste blog. Entretanto, peço que me perdoem. Foram boas causas que me mantiveram um pouco afastada. 
Mas aqui estou, com uma necessidade angustiante de escrever, de jogar nesta "folha" em branco todas as coisas que tenho silenciado em minha boca, pelo simples fato de eu ter aprendido a calar. 
Calar... sim. 
Sabe aquele momento em que alguém te diz ou faz algo mortal, tão doloroso e cruel, que faz sua espinha doer, teu cérebro martelar e teu coração encolher? Sabe? Pois então, eu também sei. 
É a hora em que você decide dizer tudo o que pensa, toda aquela avalanche de opiniões que guardou, toda aquela imensidão de sentimentos reprimidos, todas as palavras ferozes, todo o esbravejamento necessário, preso na garganta, na voz, na emoção.
Sim, é o instante em que podemos nos libertar da agonia, fruto do que é mantido preso, que satura, perturba, transborda em descontentamento. Mas não é isso que a gente faz. E sabe por quê? Porque aprendemos a não fazer absolutamente NADA. Com o tempo, e só com ele (o tal sábio do qual tanto falo) é que aprendemos a recuar, suprimir, silenciar. A deixar toda aquele carregamento de emoções e sentimentos não falar mais alto que nós mesmos. Passamos a ser racionais. Ah, a tal racionalidade, que eu tanto temia. Sim, porque nunca admiti deixar que a razão gritasse mais que meu coração. Mas tenho que admitir: isso é extremamente necessário. 
A gente precisa aprender a se afastar de situações, lugares, pessoas que não nos acrescentam, não agregam, não fazem bem. Não é fácil, eu sei, porque temos a tendência (ou mania) de insistir em manter relações que sabemos que tornaram-se infrutíferas, desastrosas. Quem sabe por aquela velha teimosia, de suportar tudo, colar os pedaços, enxugar as lágrimas e fingir que nada aconteceu
E porque eu estou dissertando acerca disso tudo? Ah sim, me recordo. É porque aprendi a calar... APRENDI. Juro pra você. Tá que aqueles que me conhecem vão precisar ver isso na prática para acreditar que é verídico. Mas sim, tive que aprender, foi uma necessidade que a vida me impôs. Calar, recuar, formar uma camada de gelo em volta do coração, tentar não ser mais tocada por pedidos de desculpas, por declarações de amor ou "provas" de amizade.
Acho que com o tempo a gente aprende DE VERDADE, aquela velha historia, de que os verdadeiros permanecem. Mesmo que eu já tenha escrito sobre isso, acredito que cada dia que passa, tenho cada vez mais certeza do quanto isso é verdade: só o que é sincero continua, cada vez mais forte e permanente! 
A gente se obriga a viver de algo chamado REALIDADE, a aceitar afastamentos, desencontros.. e mais que isso: FINAIS. Passa a sentir necessidade de escrever nossa historia no hoje, a formar nossas expectativas a partir daquilo que dispomos. E tudo isso vira aprendizado, vira parte do roteiro que criamos para nós. 
Sinto falta de tudo que ficou para trás, como aqueles quebra-cabeças dos quais extraviamos algumas peças, e que ficam eternamente incompletos. Mas prefiro valorizar as peças que sobraram, sua beleza, a forma tão perfeita com a qual se encaixam no meu AGORA. Quem sabe no futuro o vento traga de volta aquelas que se perderam... ou não... isso apenas o amanhã dirá. E como eu disse: PASSEI A VIVER DE "HOJES"!