terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sobre cativar...


Estranho perceber como podemos tocar e transformar a vida das pessoas sem nem perceber.
Me dei conta disso num desses dias, em que fui convocada as pressas para um encontro de antigos colegas de trabalho.
Ver o carinho que ainda sentem por mim e a maneira doce e terna com a qual se recordam de tudo que compartilharmos.
É engraçado, mas, via de regra, vivemos uma vida baseada em buscar o sucesso. Sucesso na profissão, na vida pessoal... Queremos nos destacar. Objetivamos fazer com que todos se lembrem de nossos grandes feitos. É engraçado porque não percebemos que é no mais singelo gesto que conquistamos para sempre o coração das pessoas.
E, acredite, ato nenhum pode ser mais grandioso do que conquistar o outro verdadeiramente.
Sim, porque vivemos tempos em que as pessoas se esforçam para impressionar, para provar que são felizes nas fotos do instagram ou nas publicações do facebook.
Tudo é medido pela quantidade de likes que você é capaz de produzir.
As pessoas passaram a medir suas palavras, falar o que não pensam no intuito de não causar uma má impressão.
Tudo é pré-fabricado, pré-moldado, pré-instituído por uma sociedade que sabe, ou julga saber, o que é certo e o que é errado, o que faz bem e o que não faz, o que é normal e o que é não é. E dessa forma, também acredita saber mensurar a dignidade das pessoas. A felicidade. O sonho. A esperança. E nos dias que passam, vamos sendo sugados por esse gigante aspirador chamado status quo, ou se você preferir, mais do mesmo. Nossas concepções, nossos ideais... tudo vai sendo minimizado, até se tornar uma reles poeira imperceptível nas prateleiras de nossa alma.
Não sei se a gente envelhece ou se é obrigado a amadurecer diante de todas as pedras que vão surgindo pelo caminho.
Não sei se o sonho diminui ou é a gente que tenta esconde-lo por detrás de diversas cortinas de rotina, cotidiano.
No meio desse turbilhão diário de desencontros e complicações, é necessário refletir sobre o peso intrínseco ao fato de conquistarmos o outro.
Como já diria nosso Pequeno e adorável Príncipe "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Grandes sentimentos trazem na bagagem grandes responsabilidades. E há que ser forte para aguentar o tranco. Ao conquistar o outro comprometemos uma parte de nós na empreitada. Colocamos muito do que temos, do que somos, nas relações que construímos. E muitas vezes apostamos todas as nossas fichas na jogada errada.
É por isso que precisamos de toda a humanidade possível para compreender que ao cativarmos o outro também estamos lidando com toda a expectativa que essa conquista gerou. O outro espera de nós. Muitas vezes, o egoísmo nato de nossa espécie, faz com que pensemos apenas no nosso sentimento. Naquilo que nós esperamos. Sem pensar no que outro tem condição de nos dar. A gente dá o que tem, naquele momento. Isso vale para amores, amizades, paixões e afins.
Ms você deve estar aí me xingando em pensamento, afirmando que não temos como impedir que os outros se aproximem, se apaixonem, se encantem por nós. Não, não temos. Mas não é disso que estou falando. Estou falando da obrigação de merecer o amor daqueles que nos confiaram tudo o que tem. Mesmo nas nossas imperfeições. Mesmo com todos os defeitos, os recuos, as pausas e as confusões.
É necessário continuar. Permanecer. É assim que provamos ao outro que não importa quantos desafios surjam pelo caminho. A gente vai estar de mãos dadas para atravessar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014



"Um rei me disse que quem deixa ir tem pra sempre." 

A vida é feita de ciclos. Essa frase parece tão clichê, que muitos deixam de perceber a tamanha verdade que ela imprime. Desde sempre e para sempre vivemos iniciando e encerrando ciclos. Da primavera ao outono, de janeiro a fevereiro, de segunda a domingo. Num vai e vem de dias, horas e momentos que podem ser vividos de forma a serem desperdiçados ou eternizados, dependendo da importância que você dá a eles. Dependendo de quem você escolhe para compartilhá-los com você.
Sim, porque é fato que em cada ciclo pessoas diferentes chegarão, a medida que outras partem. Você é quem deve escolher se gastará seu tempo lamentando os que foram, ou aproveitando as trocas que os novos querem lhe proporcionar.
Hoje acordei e a chuva me fez parar para olhar pela janela. Há tanto tempo eu não fazia isso. Percebi que a paisagem mudou consideravelmente. Talvez porque meu olhar também tenha mudado. Por instinto, reflexo das tantas vezes que fiz isso em dias de chuva de minha adolescência, resolvi abrir velhas caixas e gavetas. Ali encontrei partes de mim espalhadas entre fotos, cartas, desenhos, bilhetes, embrulhos de presente e embalagens de bombom. Tantas lembranças que me constituem. Convites de festas de 15 anos já amarelados, formaturas de ensino médio, formaturas de ensino superior, chás de panela, casamentos, chás de fralda... E percebi que, como diria HG "o tempo passou, claro que passaria". Quantos ciclos se encerraram. Mas quantos eu efetivamente deixei para trás? Quantas pessoas foram se perdendo nas tantas esquinas, nas voltas que o mundo dá. Mas quantas delas eu mantive aqui dentro na ingênua esperança de um dia recuperar a exatidão do sentimento que compartilhamos?
Juntei algumas coisas e joguei no lixo. Não por não compreender, ou tampouco, não respeitar a importância que cada um desses objetos e respectivos sentimentos representam na minha historia de vida. São partes de um quebra-cabeça que se torna incompleto sem as peças do ontem. No entanto, percebo que para que elas existam não é necessário serem vividas nostalgicamente no hoje. Isso faz mal, nos mantém presos ao que pertece ao passado, e que, com certeza, possui alguma razão para não fazer parte do presente. É necessário encerrar ciclos. Mas encerrar de verdade. Não apenas guardar dentro de uma gaveta e fingir que passou. É necessário mexer na ferida, ressuscitar velhos fantasmas, enfretar antigos dilemas. Aí sim será possível se livrar daqueles frascos de perfume que você guarda para lembrar de uma antiga paixão. Aquela roupa que já não serve, mas que você insiste em acreditar que um dia ainda usará. Quem deixa ir, tem para sempre. 
O quebra-cabeça ficará completo cada vez que lembrarmos com carinho dos bons momentos que tivemos, e para isso não precisamos de antigos bilhetes e declarações. Não precisamos deixá-los acumulando o pó da mágoa ou o mofo da decepção. Quando lembrados, não fisicamente, carregarão apenas aquilo que foi bom. 
A alma trata de fazer eterno tudo aquilo que se amou. 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Um porto onde escolhi ancorar!


Engraçado e encantador como uma relação pode se tornar inspiradora. Como, com o tempo, a gente passa a admirar cada um dos defeitos do outro, tanto que são eles que se tornam os encantos que, quando tudo vai mal, fazem lembrar de todos os motivos que um dia fizeram a gente se apaixonar.
É incrível como a gente absorve os gostos do outro. Percebo isso quando vejo seus olhos brilhando com a chegada dos 50 novos livros que encomendamos, mesmo tendo mais 50 na estante esperando para serem lidos. Ou quando você fala com tanta animação das histórias que leu, depois que me conheceu. Percebo isso também quando vejo que passei a amar cinema, comer a pipoca extremamente doce e tomar refrigerante naqueles copos absurdamente irritantes... até me vejo acompanhando histórias de super-heróis, e sabendo mais que você sobre as cenas do último filme em cartaz.
Observo que aqueles jogos de vídeo-game, antes considerados inúteis e supérfluos, hoje são aceitáveis, e que até sou capaz de ganhar de 4x1 de ti no FIFA. Quando ouço palavras como "equidade", "negligência" sendo adicionadas ao seu vocabulário diário, ou mesmo quando utiliza a palavra "hierarquia" para explicar um jogo de cartas.
Sim, você me inspira. A cada dia tenho certeza de que nosso amor é tão forte porque foi construído sobre as bases dos princípios mais importantes de uma verdadeira amizade: a cumplicidade, a troca e o compartilhar. Conviver contigo é tão leve e natural, te amar é fácil. E sim, cansei das complicações. Um amor para ser de verdade não precisa de idas e vindas (mesmo que já tenhamos passado por tantas delas), não necessita de emoções contraditórias e explosões de ciúmes. Precisa sim daquelas briguinhas bobas no meio do mercado, daquelas discussões inúteis sobre pequenas convicções pessoais e imutáveis . Precisa do avesso. Do contrário. Mas não precisa causar tempestades e catástrofes por causa disso. Necessita respeitar o limite da tolerância. Exige compreensão do limite do outro. Do nosso próprio limite. Por isso que te amar é tão simples. É apenas perceber que tua alma é formada por sinceridade. Ela é um mar de tranquilidade e entrega. Brilha feito uma constelação de sentimentos puros e intensos, que completam o mundo ao teu redor. 
Vejo tanta verdade em nós. Em você. O fato de seu olho nunca estar aberto quando me beija, o modo como se entrega para mim. A forma como faz parecer que o restante la fora não existe, ao prestar atenção em cada palavra que digo, em cada historia irritante, longa e tediosa que conto. Ao valorizar e admirar meu trabalho, minha historia e os tantos calos que coleciono até aqui, incentivar meus sonhos e sonhá-los comigo.
O complexo não me encanta mais. O mundo lá fora parece até um lugar bom. Porque você trouxe paz ao meu coração tão inquieto. Você completou meus dias com felicidade. E agora é simples, seus braços se tornaram um porto em que não me importei em ancorar. Que seja como naquela velha e tão contestada canção "joque suas mãos para o céu, e agradeça se acaso tiver, alguém que você gostaria que, estivesse sempre com você, na rua na chuva na fazenda, ou numa casinha de sapê". Nunca cogitei criar raízes, mas no seu abraço escolhi morar. 

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Sobre o eu e o nós...



"Talvez porque o meu mundo seja uma esfera que não cabe na órbita alheia, que se anda só" (Samara Bassi). 
Por um bom tempo achei que esse tipo de frase resumisse precisamente a complexidade das relações afetivas em que teimamos em nos envolver ao longo da vida. Acreditei veementemente que, mesmo estando cotidianamente cercados de pessoas, o caminho precisava ser trilhado só. Pensei, ingenuamente, que era impossível dividir estradas, sem abrir mão do que me era mais precioso: a liberdade. E por essa liberdade achava justo me fechar em meu casulo e permitir que os outros se aproximassem limitadamente, até onde fosse seguro, até onde não fossem capazes de me tocar verdadeiramente. 
Não que eu não me entregasse aos sentimentos de amor e amizade, mas essa entrega era invariavelmente limitada pela barreira do "não abrir mão do que me faz livre".
E nessa teimosa arrogância tola acabei perdendo, irremediavelmente, pessoas que quiseram dividir o trajeto comigo, mas foram rejeitados, expulsos.
Hoje, com os diversos calos que as pedras no caminho fizeram em mim, acabei aprendendo uma simples e absoluta verdade: ser livre é escolher a quem pertencer. 
Percebi que não há como passar a vida toda fugindo do inevitável: é necessário, sim, permitir que o outro nos acompanhe em nossa trajetória. Afinal, de que adianta ser livre para encontrar as mais lindas paisagens, se ninguém estiver ao nosso lado para apreciar a vista, tirar uma foto bonita. De que adianta o sucesso, as conquistas diárias, se não existir quem vá nos abraçar e compartilhar conosco da alegria doce que é o dizer: eu consegui. É fato que cada um trilha o seu caminho só. Precisa encarar os obstáculos e desafios que surgirem, necessita encontrar forças para criar sua personalidade, 
Entretanto, é absolutamente importante que sejamos humildes a ponto de admitir a necessidade de compartilhar. E assim, a verdadeira liberdade residirá em sermos capazes de escolher a quem pertencer. Distinguir os que estão ao nosso lado apenas para atrasar o passo, interceptar a estrada, buscar atalhos errados, ou os que são importantes guias em determinados trechos de muita incongruência, mas que se afastarão tão logo o equilíbrio seja restabelecido. E acima de tudo: aqueles que serão nossos verdadeiros companheiros nessa viagem. Aqueles que saberão acompanhar nosso ritmo, entenderão os recuos, as pausas desnecessárias, a pressa sem motivo, as curvas perigosas em alta velocidade. Os que saberão dividir cada metro da estrada de forma plena. Que sorrirão e assim expulsarão todas as nuvens e tempestades. Os verdadeiros, aos quais não nos importamos em pertencer. Que reste a máxima: não quero a liberdade se estiver sozinho para voar. 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Malas e recordações.

Hora de fazer as malas. Mas além dos habituais livros, roupas, fotos, perfumes e demais objetos que me definem, essa foi a hora de colocar na bagagem um bocado de recordações. Hora de mudar de casa, mas, mais que isso, mudar de fase.
Fecho a mala, olho ao redor e um filme incrível passa diante dos meus olhos. Para alguns pode significar apenas uma mudança, algo banal e corriqueiro. Algo até mesmo necessário. Mas nesse caso, significa deixar para trás uma época de muitas transformações, enormes desafios, vivências intensas e de aprendizado imensurável. Três anos em que, se não fui feliz em todos os momentos, sem dúvidas vivi instantes que valeram por todas as lágrimas derramadas, as decepções acumuladas e as mágoas amargas que, graças a Deus, ficaram no passado. 
Deixar de viver em um lugar que tem muito de mim em cada parede, cada cômodo, cada objeto. Tem muito de mim porque muitas historias ali foram construídas, outras rompidas de forma irremediável. Tantas pessoas entraram e saíram da minha vida assim como entravam e saiam diariamente por aquela porta com o "102" gravado. Tanta gente que trouxe novas experiências, trocas ricas em humanidade. Que me fizeram olhar para dentro de mim e encontrar coisas que nem eu mesma imaginava sentir. Gente que me amou, me odiou, me irritou, me encantou, me magoou, me fez feliz. Gente que ficou ao meu lado nas noites gélidas de julho ou nas tardes abafadas de janeiro. Gente que bebeu comigo nas tantas sextas-feiras de festas ou roda de violão. Gente que rachou o dinheiro pro almoço, que me ajudou a limpar a bagunça depois dos porres alheios (e próprios) da noite anterior. Gente que ganhou de mim no uno, ou passou embaixo da mesa depois dos 12x0 no truco. Gente que foi pro cantinho da disciplina, que virou noites trocando confidências, vendo filme de terror ou lendo ao meu lado. Gente que dançou funk na sala enquanto havia eletrônico tocando na cozinha, ou sertanejo no quarto ao som do pagode da área de fumantes. Gente que brincou de imagem e ação e drink game. Gente que tomou minha caipira de limão, laranja, maçã, kiwi, manga, maracujá e/ou o q tivesse. Gente que me abraçou tão forte que fez o mundo desaparecer. Gente que enxugou minhas lágrimas e me protegeu. Gente que apontou meus erros, com carinho, para que eu tentasse mudar para melhor. Gente que viu a pior parte de mim, e ainda assim, permaneceu ao meu lado. Gente que viu a melhor parte de mim, e ainda assim, escolheu partir. Gente que conheceu meu gênio terrível, minha mal-criação e minha sinceridade sem medida. Gente que foi porto-seguro, ou foi trem passageiro,  gente que se tornou afeto eterno. Gente que fez de mim melhor a cada dia, e que formou muito do que sou hoje. Gente que me fez aprender que cada um dá o que tem, que toda ação tem uma reação e que o bem que fizemos, acaba voltando de alguma forma, pela ordem do universo. Gente que me ensinou a amar de uma forma mais livre, ou melhor, me ensinou a deixar o outro ser o que é, lhe dando a liberdade para partir ou ficar. Fecho a mala com toda essa gente dentro dela, e ainda assim, seu peso é quase imperceptível, já que restaram laços decorados, que continuam enfeitando minha vida.
É difícil partir, mas é impossível ficar. É hora de buscar novas experiências, deixar um pouco de mim em outras paredes, observar novas vistas da janela. Momento de iniciar uma fase, que só é possível graças a anterior, e que com certeza será mais completa devido a tanta gente da qual depende a minha vida, já que sou feita de relações, e movida pelas emoções que elas transmitem. E sim, "abençoadas sejam as dádivas que vêm nos lembrar, com alívio, que há lugares de descanso para os nossos cansaços. Que há lugares de afrouxamento para os nossos apertos. Que dá pra mudar o foco. Que não é tão complicado assim saborear a graça possível que mora em cada instante. Abençoadas sejam as dádivas generosas que nos surpreendem. Elas não sabem o quanto às vezes, tantas vezes, nos salvam de nós mesmos.”




sexta-feira, 21 de março de 2014

Negra...




“Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que agente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos e Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menina arteira.”
Ana Jácomo


Pois é minha Negra... quanta coisa até aqui não é? Desde aquele fone de ouvido compartilhado, as primeiras confidências, os primeiros puxões de orelha. Quantos sorrisos, momentos inesquecíveis de uma amizade que aos poucos foi se tornando essencial. Sim, provas cotidianas de parceria e lealdade, de uma confiança construída em bases fortes. Uma amizade que veio para mudar nossas vidas. Entre tantos enganos e decepçoes tua amizade surgiu como um porto-seguro.. com a certeza de que a verdade ainda prevalece!!As pérolas by capa, minhas idas forçadas à farmácia, as voltas de Foxtur, as horas de msn falando besteiras sem nexo, as festas, os porres, as peregrinações até a gruta... hahahaha. Você é a mão sempre estendida, o abraço sempre disposto, o sorriso sempre pontual, a minha verdade mais completa... 
Eu costumo acreditar que Deus sabe a hora certa de colocar pessoas em nossa vida. Eu e você sabemos que Ele te pôs na minha em um momento difícil pra mim.... momento este em que vc foi fundamental pra me mostrar um mundo todo que esperava pelo meu sorriso, esperava pela minha esperança... e pouco a pouco, do teu jeito, você foi conquistando um espaço em meu coraçao que hoje é imensurável, é gigante, é sem barreiras... Nossa amizade se constituiu devagarinho, em cada risada, na confiança conquistada aos poucos, e que hoje é inquestionável, nas palavras sinceras naqueles momentos difíceis, nos conselhos, nas alegrias e tristezas compartilhadas, divididas... nas piadas que a gente faz de tudo, nas m~esicaas, nos olhares que se entendem sem precisar falar nada, na dor que uma ajudou a outra a superar, enfim, nos abraços naquele momento em que o mundo parecia desabar, nas vezes em que uma segurou a mão da outra e disse: calma, tudo vai ficar beem e eu estou contigo independente do que for,  na verdade de um sentimento que transcende a amizade, pois é mais que isso... é amoor mesmo... amor de irmã, ou melhor.. amor de Negraaa....
Você Caroline, tem algo que brilha nesses olhos aí que é como se a gente visse todo os esplendor das estrelas compactado num soh olhar, é um brilho mágico, que fascina, encanta, apaixona.... você é aquela força enorme, a postura irredutível, que mesmo com o coraçao em pedaços encontra resistência para sorrir, pois você sabe que teu sorriso alimenta muitas vidas, alimenta outros sorrisos, outras esperanças... você é a verdade, é a sinceridade absoluta, que diz o que pensa doa  quem doer.... você é a entrega, é o coração puro e fiel ao que sente, que nao mede esforços para lutar por aquilo que realmente deseja... muitos talvez chamariam isso de imprudência... mas quem te conhece sabe, que isso se chama: DETERMINAÇÃO...coragem real de se entregar às tuas vontades, aos teus desejos, àquilo que realmente faaz teu coraçao vibrar de felicidade!!!
Já nao encontro palavras pra traduzir o tanto que te admiro, respeito e amo!!!
Só posso agradecer por voce tem me dado a honra de entrar em tua vida e ter compartilhado contigo momentos que sem dúvida, estão entre os mais belos de toda minha existência!!
E é como o que eu disse no dia da tua banca: Você defendendo teu trabalho mostrou o quanto você merece todo o sucesso do mundo, porque quem estava lá viu mais que uma aluna defendendo um TCC.. viu uma profissional defendendo uma escolha de vida, um dom que nasceu contigo. 
Amanhã é teu dia, dia de coroar esta trajetória acadêmica, da qual, tenho a honra de ter participado, mesmo que parcialmente.
Parabééééns minha Negra, e amanhã é dia de festa, de brindarmos o teu sucesso. 
Te amo Pofe. Cargool hahahaha

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014


Eu nunca fui do tipo garota romântica, que sonha a vida toda com véu e grinalda. Tampouco me via em relacionamentos duradouros, rodeados de pompa e circunstância, de bilhetes e declarações cotidianas. Não sonhei com casa com jardim, cachorro chamado Marley, casal de gêmeos com olho claro, café da manhã na cama, flores em aniversários de namoro. Assim como jamais compreendi o significado ou a magnitude da palavra amor.
Acontece que em algum momento da vida alguém surge, alguém sempre surge, disposto a derrubar todas as certezas que acumulamos ao longo de nossa frágil e perecível trajetória de sentimentos passageiros e prazeres momentâneos.
Essa pessoa consegue fazer com que pequenos detalhes se tornem grandes momentos, com que as coisas mais singelas do tão temido dia-a-dia se transformem em um porto-seguro, uma certeza de saber-se ali.
Ainda não sei ao certo o significado da palavra amor... mas penso que deve ser amor quando meu coração acelera toda vez que olha para teu sorriso doce. Deve ser amor quando o tempo se arrasta e demora a passar quando sei que irei te ver. Deve ser amor quando você pega em minha mão e sinto uma segurança que só senti no colo de minha mãe. Deve ser amor quando discutimos por assuntos bobos mas não aguento dois segundos antes de rir de tanta bobagem e correr para te dar um beijo. Deve ser amor quando mesmo odiando o tal filme surreal, eu vou pro cinema só pra te ver feliz. Deve ser amor quando me visto de felicidade ao ouvir meus pais falando o quanto você é especial. E também quando brigo porque você faz tudo errado sempre. Só pode ser amor quando as tardes no trabalho ficam até mais leves se sei que sairei contigo a noite. E tenho sérias desconfianças de que é amor quando olho pro meu passado e meu futuro e vejo você como meu ponto de equilíbrio, minha paz, minha mais doce melodia.
Sim, é e sempre foi amor. Desde o início, desde as historias compartilhadas, as estrelas-cadentes cruzando o mesmo olhar.
Ainda não sei definir o tal do amor... tampouco acho necessário. Basta que eu continue tendo teus braços para me envolverem quando o mundo parece grande demais, escuro demais, injusto demais. Basta que você continue sendo a minha unica exceção, a minha calmaria, a minha menina. 
Obrigada por me fazer melhor, e por ser a melhor parte de mim. Então acho que é eu te amo que se diz, não é? Sim amor, eu te amo!

domingo, 12 de janeiro de 2014







Eu sei... Você já deve estar farta de saber dos meus erros, minhas falhas, fraquezas e dos tantos fracassos que acumulo ao longo da vida. Sabe do meu orgulho que muitas vezes é imensamente maior que minha vontade de ceder. Conhece minha teimosia que desde sempre foi minha amiga mais fiel, da imensa lista de defeitos que me retratam, me formam, me compõem.
Mas apesar de todos estes, sei também que você conhece cada uma das minhas pequenas qualidades, dos mais singelos detalhes que se salvam em meio a essa personalidade toda avessa, complexa e incorrigível. Entende o tanto de sonho que eu carrego dentro do coração, e do tamanho da minha esperança em construir uma sociedade um pouco melhor, justa quem sabe. 
Sei de tudo que sou, da indiscreta petulância, da irremediável rebeldia... Sei que muitas vezes (quase sempre) é necessário um caminhão inteiro de paciência para me aguentar, quem dirá o quanto é preciso para me amar. Mas você consegue. E consegue não por minha causa, não por ajuda minha ou por qualquer outra motivação. Consegue porque o sentimento que te move é composto por toda a pureza que existe dentro de ti. Não o tipo de pureza tola ou inocente, que desconhece os perigos e incertezas do destino, mas a pureza dona de tudo aquilo que é do bem. 
Diversas vezes busquei, nos meus textos e nas minhas dissertações, nas declarações cotidianas... expressar o tanto que você significa para mim. Nunca consegui. Talvez porque não exista habilidade de escrita, inspiração ou sequer palavras suficientes e capazes de traduzir o que quero, preciso dizer. Um dia, mesmo não sabendo (ou não admitindo) sonhei encontrar alguém que aguentasse meu coração enjoativamente doce, e que suportasse meu humor incrivelmente amargo. Ai eu te encontrei. Obrigada por tornar meus dias mais leves e por ser cotidianamente a unica e eterna exceção.