"Há quem diga que a função das palavras é esconder o que sentimos. Eu não digo."
terça-feira, 24 de julho de 2012
=/
Tenho perdido tantas pessoas importantes nos últimos tempos..
no começo eu lutava, brigava, esperneava, só faltava amarrar a pessoa no pé da minha cama, no pé da minha vida...
mas depois deixei...
as pessoas que querem ficar ficam, as que precisam ir.. vão.. cada um sabe o motivo pra permanecer ou partir...
é a lei da vida
mas isso não quer dizer que eu não sofra com as perdas...
Me tornei uma pessoa mais fria por causa disso.. um pouco distante.. alheia. A gente sorri, mas na verdade o coração está partido. E poucos entendem que estamos pela metade... faltam alguns pedaços.. partes importantes que ficaram pelo caminho...
Quem sabe a gente volta.. a ser quem se era. Mas nunca com a mesma intensidade.. Alguns pedaços mesmo que colados jamais tornarão a formar o mesmo inteiro que foram algum dia.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Faz tanto frio... faz tanto tempo... ♪♫♪♫
hoje é um daqueles típicos dias em que eu acordo com os olhos transbordando em lembranças que são peças insubstituíveis de um quebra-cabeças que está longe de ter uma solução exata...
falo tanto aqui nesse blog sobre sentimentos, momentos, memórias e amizades, que as vezes esqueço de falar de algumas saudades... algumas faltas que deixam um espaço em branco no meu coração e que cor nenhuma é capaz de colorir...
a gente conhece pessoas e aos poucos vai permitindo que elas se alojem em nosso coração.. passa-se a confiar, e não se trata de uma confiança superficial.. é algo real. A gente começa a dividir sonhos, esperanças, dores... resumindo... dividimos nossa vida!
Mas nem sempre as coisas fazem tanto sentido como as historias que fantasiamos em nossa imaginação... algumas amizades se perdem, se afastam, se fecham... nos tiram de sua vida... nos expulsam do mundo em que nos acostumamos a estar.. e é tudo tão brusco e repentino, e causa uma ferida tão profunda em nosso coração que quanto mais os dias passam, mais ela se expande, e dói...
e a gente se acostuma com a ausência...
porém, basta ver novamente em nossa frente, ali tão próximo, e ao mesmo tempo tão distante, pra recordarmos de tantos instantes compartilhados... uma história construída sobre bases que infelizmente ruíram...
Depois de tanta coisa... me resta um ensinamento.. corações partidos por amores impossíveis ou não correspondidos podem doer, mas nem se comparam à dor de perder um amigo... isso sim é dor latente, contínua, intransferível... e eterna. Eterna quanto à amizade que um dia se jurou.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Sobre o mito da sexta-feira 13...
Sexta-feira 13.
Lembro-me que desde sempre ouvi pessoas falando com pavor desse dia..
Parece que todos os personagens dos filmes de terror passam a perambular pelas mentes criativas dos medrosos de plantão.
Particularmente nunca tive medo desse dia.. o próprio número 13 nunca me representou azar...
Acredito que as pessoas atribuem aos símbolos o significado que quiserem... Sorte ou azar são apenas representações que a gente costuma usar como escudo para nos eximir de algumas responsabilidades...
Sexta-feira 13... sim fato, mas apesar de toda a crença popular que envolve esse dia não me parece assim tão atípico... acordei, com sono como todos os outros dias... com meu bom humor habitual dos dias frios, limpei meu quarto com uma inspiração fora do comum (talvez aqui resida a atipicidade do dia rsrs)... sai de casa, fui à padaria ainda de pijama, voltei pra casa, cozinhei, almocei, fui para o trabalho, dei conta de minhas tarefas.. e por enquanto ainda não cruzei com a Samara ou o Jack pela rua...
Respeito opiniões, crenças... cada um pensa e acredita no que quiser, e isso não muda em nada minha vida. Mas é que tenho um carinho tão grande pelas sextas-feiras 13... e de fato, houve uma delas que não foi nada interessante pra mim... na qual eu chorei, pensei em desistir de algo que eu queria muito, e que eu sabia.. ainda me faria muito bem! Mas acontece que se na sexta-feira as lágrimas caíram, a madrugada do sábado trouxe consigo algumas reviravoltas e um sorriso bobo em meu rosto, que ali se alojou e por muito tempo não foi embora..
Por isso... não se importe tanto com o dia 13 e suas significações... pense que a meia-noite virá, e um novo dia poderá trazer surpresas agradáveis. Tudo se resume a um novo dia...
terça-feira, 3 de julho de 2012
A criança confia no adulto...
A maior tragédia
dessa história é que as crianças confiam nos adultos. Confiam como
uma bússola ou um oráculo. Agarram-se a seus atos e palavras como
uma bóia no oceano ameaçador de uma vida a qual recém foram
apresentadas.
A menina confia no pai
quando ele diz que vai “chupar” seus seios que ela nem tem porque
a ama.
Confia no pai também
quando afirma que vai matar toda a família se contar para alguém
sobre o “carinho” que recebe.
Confia na mãe quando
é chamada por ela de vagabunda e quando a mãe garante que ela será
um nada na vida.
Confia no padrasto
quando ele apaga um cigarro em seu corpo porque foi um menino muito
mau e quando ele bate sua cabeça na parede porque não suporta o
choro de dor.
As crianças confiam
nos adultos quando eles as espancam, as violam, as torturam e as
matam.
Confia na professora
quando sussurra que não quebrou a perna caindo da arvore como sua
família contou ou que aquela mancha roxa na bochecha não foi
resultado do soco de um colega.
Morre um pouco mais
quando a professora diz que isso não passa de história de criança
mal-educada.
Confia no conselheiro
tutelar quando conta que vende o corpo na rua porque já foi violada
em casa.
E confia nele também
quando afirma que se não levar dinheiro para o casebre onde mora,
vai apanhar a relho.
E morre um pouco mais
quando o tudo que o conselheiro pode lhe oferecer é uma vaga numa
instituição onde sabe que vai ser currado pelos mais velhos.
Confia no médico e na
enfermeira, a quem abre as chagas do seu corpo, a custo sem medidas.
Confia no assistente
social e no psicólogo, a quem escancara o coração até então
encarcerado pelas chaves do silencio.
E morre um pouco mais
quando o “sigilo ético” é usado como explicação para o zeloso
profissional não levar o caso adiante.
Confia no juiz quando
pede que limpe a cera do preconceito e a escute.
Confia no juiz também
quando implora que preste atenção em evidências invisíveis, mas
que sangrem, do que no laudo inconclusivo e estéril do departamento
médico legal.
E morre em definitivo
quando o senhor a quem pertence seu destino sentencia que não há
provas materiais para condenar seu violador.
Ou que apesar de seus
doze anos, era bem resolvida e esperta para seduzir seu estuprador.
OU PASSAMOS A MERECER
A CONFIANÇA DA CRIANÇA QUE NOS ESTENDE A MÃO, OU A TRAGÉDIA É
TUDO QUE NOS RESTARÁ.
Autor desconhecido
Autor desconhecido
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Tanta gente por aí camuflando emoções, mascarando sentimentos, mentindo pra si mesmo pra tentar esconder do mundo algumas dores, certas marcas que não devem aparecer, porque a gente finge que é forte o bastante pra sair de toda situação em se foi fraco o suficiente pra entrar... como já diria Caio Fernando.
No fim a gente apenas continua acreditando que conseguimos disfarçar nossa fraqueza por meio do sorriso apagado e do olhar quase confiante, e deixa de lado a possibilidade de dividir o medo, a angustia, a dúvida.
Sei lá... eu por exemplo na maioria das vezes de tão complexa estrapolo, passo dos limites, assumo uma tripolaridade absurda que chega dar nos nervos... sou quase um hieróglifo a ser decifrado... afugento qualquer um que se aproxime com um gesto de solidariedade e delicadeza...
Mas não se ofendam, é que nesses dias costumo estar numa voltagem acima da normal e qualquer contato pode configurar um choque estrondoso e com consequências irreparáveis. Então quando for assim não me peça pra abrir meu coração, porque as peças estarão tão confusas que você ficará tão assutado a ponto de desistir de mim... por isso apenas me olhe e sorria... entenda que não estou encenando. Trata-se apenas de uma camuflagem... a postura de inatingível evita que algumas fragilidades sejam evidenciados e que muitos golpes sejam dados nos pontos mais fracos e com recuperação difícil, lenta, dolorosa.
Mas voltando ao assunto, quer dizer, voltando ao que nem eu sei qual o sentido ou a motivação... voltando pro nada ou pro tudo que se torna banal quando a gente deixa de acreditar em faz de conta, nada fica de conclusivo, apenas a certeza que nada é pra sempre e que a gente tem que se conformar com isso.
a gente muda
“
Tati Bernardi |
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